terça-feira, 23 de abril de 2013

Brincadeiras do Sul

Boi de Mamão

Brincadeiras do Sul: Boi de mamão. Foto: Danny Yin
Trecho da música
E vem chegando boi malhado
Vem chegando devagar
Vem cá meu boi iá iá

Ele é de papelão
O nosso boi de mamão
Vem cá meu boi ia iá 

Como brincar: 
Trata-se de uma encenação da morte e ressurreição do boi de mamão, em que as crianças 
interpretam os personagens envolvidos na narrativa: o boi, o vaqueiro Mateus, a dona de casa, 
o médico (doutor),  as bruxas, o cavalinho, a cabra, a bernunça (figura fantasmagórica que teria
 sido inspirada no dragão chinês) e a Maricota. 
Há uma sequência para a entrada de cada um deles na história, que é cantada com rimas.
 A dramatização é feita em forma de dança. Nela, o boi de Mateus, homem simples da roça, morre 
de tanto dançar. Chamam o médico, mas ele não consegue ressuscitá-lo. 
Então, pedem para as bruxas intercederem pelo animal e elas conseguem trazê-lo de volta à vida. 
Os demais personagens vão entrando conforme são citados na letra da música. 
Todos terminam dançando juntos.

Caiu na Rede é Peixe

Brincadeiras do Sul: Caiu na rede é peixe. Foto: Danny Yin
Como brincar: 
Os participantes ficam espalhados e uma pessoa é escolhida para ser o pegador. Ela deve correr 
atrás dos outros para tentar pegá-los enquanto eles fogem. Quem é encostado pelo pegador, passa
 a ficar de mão dada com ele, formando uma corrente para tentar pegar o restante das pessoas. 
Cada um que é pego passa a fazer parte da rede.

Variações: 
Em outras regiões do país a brincadeira é conhecida como pega-pega corrente.

Carrinho de Lomba

Brincadeiras do Sul: carrinho de lomba. Foto: Danny Yin

Como brincar: 
Em Novo Hamburgo, lomba quer dizer ladeira. O carrinho tem esse nome, portanto, por ser 
feito para brincar nas lombas das ruas. Então é só procurar um declive, sentar em cima do 
carrinho com os pés apoiados no eixo frontal e descer a ladeira. Se você tiver mais de um 
brinquedo, pode apostar corridas com os amigos. Para brecar, tem de virar o carrinho de 
lado ou parar com o pé (sempre calçado, para não se machucar). 

Variações: 
Em outros locais é chamado de carrinho de rolimã, por ser feito de rodinhas desse material. 
Algumas pessoas fazem um breque com um terceiro pedaço de cabo de vassoura afixado de 
forma móvel na lateral. Também há quem acople um pequeno banco para apoiar as costas 
quando estiver no carrinho.

Coelho Sai da Toca

Brincadeiras do Sul: coelho sai da toca. Foto: Danny Yin
Como brincar
Em trios, duas crianças formam a toca e uma será o coelho. Para fazer a toca, a dupla junta as
 mãos no ar, formando uma casinha. Quem interpreta o coelho fica agachado entre elas, embaixo 
dos braços. Essa estrutura se repete com os demais participantes da brincadeira. 
Uma das crianças fica em pé entre as tocas e deve gritar: "Coelho sai da toca!".
 Ao fazer isso, os coelhos entocados precisam trocar de casinha. Já a criança que estava no 
meio deve tentar roubar a toca de alguém. Se conseguir, aquela que ficou sem toca é a que 
passa a gritar no centro do espaço. Ela também pode falar "Toca troca de lugar!". 
Nesse caso, são as tocas que devem trocar de coelho. 

Variações: Em alguns lugares a toca é formada por um círculo desenhado com giz no chão 
ou por um aro ou bambolê. A dinâmica da brincadeira é a mesma, mas não há a possibilidade
 de a toca trocar de lugar.

Elástico

Brincadeiras do Sul: Elástico. Foto: Danny Yin
Como brincar: 
O principal acessório é uma tira de elástico grande (de cerca de 3 metros de comprimento), 
com um nó unindo as duas pontas, e três participantes. Dois ficam em pé, um de frente para 
o outro e distantes cerca de 2 metros. O elástico deve ficar ao redor das pernas deles, que 
precisam ficar abertas para segurá-lo esticado. Uma terceira pessoa deve pular dentro do 
retângulo formado pela tira e fazer desenhos e amarrações com as pernas. 
A primeira sequência é bem simples: a criança se posiciona ao lado do elástico e deve pular 
com os dois pés juntos para dentro dele.
Depois, pula novamente abrindo as pernas de modo que um pé caia para cada lado de fora 
do elástico. No terceiro movimento, ela deve fazer um giro de 180º, deixando as tiras se 
enrolarem em seus tornozelos. Por fim, deve pular para o lado externo do elástico enquanto 
gira o corpo para soltar-se da amarração.
O elástico começa rente ao chão, mas à medida que a pessoa consegue fazer os movimentos corretamente, ele vai subindo. Então, quem conseguir pular mais alto ganha o jogo.

Variações: 
Os nomes mudam dependendo do movimento que se pede para fazer e da região do país: 
cebolinha, estrelinha, várias fases, laranjinha, castelinho, bigode, vassourinha, cruzada de 
Belém etc.

Esconde-esconde

Brincadeiras do Sul: Esconde-esconde. Foto: Danny Yin
Como brincar: 
Uma pessoa será o pegador, que terá de encontrar os demais participantes escondidos. 
Para definir quantos segundos ele vai contar para que os outros se escondam, uma criança 
escolhe um dedo da própria mão e encosta nas costas dele, que terá de adivinhar qual é esse 
dedo.
Cada vez que o pegador errar o palpite, acrescenta 10 segundos à contagem (que pode ter no 
máximo 100 segundos, o equivalente aos 10 dedos das mãos). O pegador fica com os olhos 
cobertos e com o rosto voltado para um muro ou uma árvore contando enquanto os demais 
participantes da brincadeira se escondem.
Quando chegar ao fim da contagem, ele deve encontrar um a um. Ao vê-los, precisa correr e 
encostar a mão no ponto de partida e falar "um, dois, três" e o nome da criança encontrada, 
que passa a ser pegadora. Se a criança escondida bater primeiro, pode continuar se escondendo
 na próxima rodada.

Taco

Brincadeiras do Sul: Taco. Foto: Danny Yin
Como brincar: 
Deve-se formar duas duplas, cada uma composta por um rebatedor, que segura um taco de 
madeira, e um arremessador. Eles ficam em uma base (um círculo desenhado no chão) e no 
centro dela encontra-se uma garrafa plástica com um pouco de areia dentro. 
Quem arremessa deve tentar derrubar a garrafa do time adversário jogando uma bolinha de
 borracha (ou de tênis) com a mão. Cabe ao rebatedor do outro time defendê-la. 
Se a garrafa for derrubada, o time que atirou a bola ganha um ponto. 
Se o rebatedor conseguir defendê-la ou se a bolinha não acertar a garrafa, quem jogou deve
 correr para pegá-la e voltar à sua base. Enquanto isso, os adversários correm, fazendo um
 "oito" nas duas bases e, quando se encontram, batem as mãos. 
Cada volta completa, sem que  o arremessador tenha voltado para seu lugar de origem,
 vale um ponto. 
O time que completar cinco pontos ou mais primeiro vence a partida. Feito isso, as funções
 são invertidas: rebatedores vão para o arremesso e arremessadores vão para as rebatidas. 

Variações:
 Em alguns lugares o nome da brincadeira muda. Em Belém do Pará, por exemplo, o taco é 
conhecido como casinha, castelo ou tacobol. As regras e os acessórios também variam bastante. 
Há quem substitua a garrafa de plástico por latas de refrigerante ou por três gravetos, que 
formam  uma cabaninha. 
Em alguns lugares, pode-se derrubar a base com chutes, além da bolada.

Retirado da Revista Nova Escola

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