quarta-feira, 18 de junho de 2014

Práticas de Leituras


Falando de Literatura... ou de Literatura Infantil?


Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era geralmente considerada pelo adulto um gênero secundário e algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). Sua valorização como formadora de consciência no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional é bem recente.
Os dramas e as situações de perigo, tão comuns na Literatura Infantil, trabalham o aspecto psicológico da criança. Os psicanalistas Bruno Bettelheim, Diana Lithtenstein Corso e Mario Corso, entre outros, exploram abertamente essa questão, mostrando que amenizar as situações apresentadas na literatura não forma cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática.
Literatura e sua contribuição na formação dos leitores infantis
A leitura deve ser uma atividade permanente no dia a dia do trabalho com 
a infância menor.
Diferentes habilidades são afloradas por meio da literatura, entre elas a linguagem, contribuindo para a ampliação do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo do faz de conta.
Nessa fase, a linguagem é a habilidade que a crianças mais desenvolve, e a interlocução com o adulto favorece esse processo, principalmente quando mediado pela literatura, oferecendo contato com a linguagem escrita, já que linguagem cotidiana dá acesso à norma-padrão da língua.
Ler, contar e ouvir histórias são atividades pelas quais a criança pode conhecer diferentes formas de falar, viver, pensar e agir, além de um universo de valores, costumes e comportamentos de sua e de outras culturas situadas em tempos e espaços diversos do seu.
A Educação Infantil tem a responsabilidade de resgatar e organizar o repertório das histórias que as crianças ouvem em casa e nos ambientes que frequentam, uma vez que essas histórias se constituem em rica fonte de informação sobre as diversas formas culturais de lidar com as emoções e com as questões éticas, contribuindo para a construção da subjetividade e da sensibilidade delas.
Ter acesso à boa literatura é dispor de informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura.
Leitura para a Infância Menor
Como a leitura é o caminho mais importante para chegar ao conhecimento, é necessário que a criança se familiarize com os livros desde o primeiro ano de vida.
Todo bebê nasce apto à fala, um processo natural do desenvolvimento humano, no entanto ninguém nasce leitor. Para que isso aconteça, é preciso incentivar o gosto pela leitura desde a creche.

Orientações para o trabalho com os livros

  • De 10 meses a 2 anos :  
As histórias devem ser rápidas e curtas.                                          
As Ilustrações de uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e visualmente atrativas.
Livros de pano, madeira e plástico. É recomendado o uso de fantoches e livro-fantoche.

  • De 2 a 3 anos:
História rápida com pouco texto e enredo simples, mas vivo, e poucos personagens. O tema deve se aproximar ao máximo da rotina da criança.
As Ilustrações de gravuras grandes e com poucos detalhes.
Além dos citados para a faixa etária anterior, com destaque para os fantoches, a música também exerce grande fascínio na criança, por isso livros sonoros são muito atrativos nesta fase. O livro-vocabulário também é uma boa opção, já que contribui diretamente para o desenvolvimento do léxico e para a formação de algumas noções, como orientação espacial, tamanho e orientação temporal.


  • De 3 a 6 anos
Os livros adequados a esta fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar da criança por meio dos textos curtos.
As Ilustrações de gravuras predomínio de imagens.
Livros com dobraduras simples. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma fantasia.
Dica
Estabeleça um horário na rotina da criança para ela realizar a atividade de leitura. Por exemplo, ler ou contar história após o recreio, após o lanche, antes da hora de dormir ou simplesmente no momento que parecer mais conveniente. O importante é ler constantemente, respeitando sempre o tempo-limite de cada criança.

Ler para a criança

A leitura diária para a criança é importante a fim de que seja estabelecido um hábito. No entanto, essa leitura deve ser feita espontânea e gradativamente.
A seguir, um quadro com referências de tempo de leitura por idade da criança. Cabe lembrar que, independentemente de qualquer coisa, a criança e seu interesse é que definirão o tempo de leitura.
Idade \Tempo de leitura
Até 1 ano \ Poucos minutos
Até 2 ano \ 10 minutos
Até 3 ano \ 15 minutos
Até 4 ano \ 20 minutos
Até 5 ano \ 30 minutos
Até 6 ano \ 30 minutos
* Crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) ou que ainda não tenham o domínio da leitura.
Retirado do Portal da Editora Brasil

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