quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dicas Pedagógicas para Alfabetização

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1- Cartas Enigmaticas -  ...é importante que sejam desafiadas a estabelecer diferenças entre desenhos e letras, e relacionar fala à escrita, letra e som.
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:

Quando as crianças estão no momento de descoberta e reconhecimento das letras é importante que sejam desafiadas a estabelecer diferenças entre desenhos e letras, e relacionar fala à escrita, letra e som. Uma das atividades para brincar com estas relações é carta enigmática: uma mensagem cifrada, em que há algumas letras e símbolos misturados e que para decifrá-la é necessário substituir os símbolos por letras e descobrir a mensagem. Para contribuir com a decifração da carta, que deverá ser curta e contextualizada com algo que faça parte do universo cotidiano da turma, não se esqueça de fazer uma legenda com as letras correspondentes aos símbolos usados na mensagem.
Ao retornar da aventura do primeiro episódio, Chico, como um bom ouvinte e alguém que está em processo de alfabetização, sente o desejo de registrar (da sua maneira) a história contada pelo sábio. O menino, sem dominar a escrita, entende que a história ouvida pode ser registrada por escrito e também com desenhos. Muitas crianças, como Chico, arriscam escrever antes de ter todos os conhecimentos da escrita convencional. Nesta escrita espontânea, as crianças se colocam num lugar ativo de produção textual e evidenciam os conhecimentos que já têm sobre a língua escrita. Propor situações em que as crianças possam escrever espontaneamente é uma forma de estabelecerem várias relações: a função do texto no contexto enunciativo, sua organização no espaço do papel, o tema ou assunto que será ali registrado e a forma como se dará o registro, as relações entre fala e escrita etc. Nesta atividade as crianças são chamadas a pensar sobre o que e como se escreve e, sobretudo, se colocam no lugar de escritoras.
Outro tema abordado no episódio são as histórias. Você deve contar e ler histórias para as crianças diariamente.Contar histórias de diferentes formas, com diferentes recursos e ler histórias, principalmente, em livros de literatura infantil (reparem: são coisas distintas!). Participar de narrativas orais e ser leitor ouvinte é fundamental para as crianças estabelecerem inúmeras relações. As histórias são simultaneamente espelho para elas se verem - se reconhecerem, se diferenciarem dos personagens e situações - e janelas que se abrem ao novo, que extrapolam o conhecido e imediato, que provocam e convocam a imaginação e a criação. Sempre depois de contar ou de ler uma história cabe conversar, dialogar com as crianças sobre os sentidos produzidos, colocar pontos de vista em discussão, fazer pensar para além do que está posto na superfície do texto. Ser ouvinte de histórias desperta também o desejo de ser narrador, de se colocar no lugar de falar de algo que viu ou que viveu, de inventar histórias. As narrativas orais das crianças e também as leituras de memória a partir do texto ouvido e com apoio das imagens dos livros, são atividades básicas numa escola que quer formar leitores e produtores de textos. A organização que a oralidade, em atividades como estas impõe às crianças, as colocando num lugar ativo de produção, é a base para qualquer produção escrita. Precisam, portanto, ser pensadas cotidianamente nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cabe a você, professor(a), apresentar um amplo repertório de histórias infantis e favorecer a interpretação das crianças com diferentes linguagens: desenhos, dramatizações, narração oral e também a escrita (inicialmente você como escriba do texto ditado pelas crianças). A imaginação e a criação têm como base o vivido e conhecido. Criamos algo novo a partir do que temos. Portanto, o processo criativo se sustenta nas experiências vividas e nos desafios de ir além delas. Solicitar às crianças que façam registros da história contada ou lida é uma boa estratégia para estimular o desenvolvimento da leitura e da escrita. Inicialmente, elas usam desenhos e letras soltas, mas com o processo de apropriação da escrita, os textos escritos vão se ampliando.
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02- As Placas -  As placas exigem uma leitura de imagens, desenhos, símbolos, ícones e também de palavras e pequenos textos.
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:
As placas estão presentes no nosso cotidiano espalhadas pelas estradas, ruas, shoppings, parques, escolas, seja para informar, seja para avisar, alertar, indicar caminhos. Explorar a função social deste suporte textual e seus diferentes tipos, nas turmas em processo de alfabetização, pode ser bastante interessante. Placas são usadas em inúmeras situações. Há placas de muitos tipos: só com símbolos ou ícones (placas de transito, de proibido fumar), com uma só palavra (PARE), com frases curtas (NÃO PISE NA GRAMA), com figuras e palavras (palavra SILÊNCIO e o desenho de uma enfermeira). As placas exigem uma leitura de imagens, desenhos, símbolos, ícones e também de palavras e pequenos textos. É importante que as crianças conheçam e utilizem diferentes formas de representação e compreendam que a escrita é uma destas formas.

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03  Listas - ...a lista é um importante recurso de apoio à memória e também de ordenação.
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:
O conceito de gênero do discurso foi cunhado pelo filósofo da linguagem Mikhail Bakhtin (2003, p.262) que assim o define “cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominaremos gêneros de discursos”.
Adotamos nesta série o conceito de gênero do discurso e não de gênero textual para reafirmar a dimensão discursiva da língua, deixar evidente que há um “diálogo primordial” inerente a cada texto. Os discursos se referem a situações enunciativas - alguém fala alguma coisa, para uma outra pessoa, numa dada situação e num dado momento. Discurso supõe necessariamente locutores e ouvintes. É comum na escola as listas servirem para avaliação das crianças. Os ditados são exemplos de lista para esta finalidade. Entretanto, em vários campos de utilização da língua, além da escola, a lista é um importante recurso de apoio à memória e também de ordenação. Fazemos listas de: compras, convidados para uma festa, times de um campeonato e também da ordem de pessoas a serem atendidas, das tarefas que precisam ser feitas num determinado período, das pessoas que passaram em um concurso. As situações são inúmeras e é importante que as crianças conheçam as várias possibilidades de uso das listas. A ordenação- por ordem de chegada, por ordem alfabética, por idade, por mês de aniversário, por tamanho, entre outras - é um dos usos das listas muito presente no cotidiano. Participar destas práticas implica em poder se apropriar e fazer uso, quando se fizer necessário.
O gênero lista apresenta uma estrutura composicional bastante simples, basta escrever um item embaixo do outro. Você, professor(a), ao fazer uso de uma lista precisa estar atento(a) a esta estrutura e as crianças na hora de escrever também. Mas, as listas têm finalidades que precisam ser levadas em consideração. Registrar os itens para não esquecer ou para ordená-los e ler, consultar para poder agir (comprar, emprestar, brincar, chamar/seguir a ordem, etc). Muitas vezes riscamos os itens que já foram atendidos. Todas estas ações fazem parte do uso das listas e são aprendidas participando de práticas sociais.
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04- Letras da Música e Poesia - Levar músicas e poemas de compositores e poetas brasileiros para a sala de aula é um bom ponto de partida para um trabalho lúdico na alfabetização...
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:

Poemas e letras de música são textos que abordam temas diversos, com vocabulário amplo e com a presença de figuras de linguagem que dão às palavras outros arranjos e significados. Levar músicas e poemas de compositores e poetas brasileiros para a sala de aula é um bom ponto de partida para um trabalho lúdico na alfabetização voltado para a arte e que, possivelmente, despertará o interesse das crianças não somente pela música, como também pela escrita. Retirar o leitor do senso comum e transportá-lo ao universo da subjetividade é uma das funções da poesia, já que suas nuances linguísticas permitem amplas interpretações e apropriações.
Por isso, em primeiro lugar, o trabalho com o texto poético é a apreciação estética, a fruição, a percepção da relação entre o jogo sonoro e os significados, o brincar com as palavras e se deixar encantar, a percepção dos sentidos que o texto provoca. A interação das crianças com esse tipo de produção artística pode ser provocativa de muitas formas. É importante que elas percebam o ritmo dos versos e também possam brincar com eles de corpo inteiro: batendo palmas, batendo os pés, tocando um instrumento (chocalho, tambor), caminhando. Não é à toa que associamos poesia à música e que muitos poemas são musicados: o ritmo convoca.
As letrasde canções são escritas para entrar na música e ambas se tornarem uma só composição. A música também chama o corpo para dançar. É possível brincar de criar novas letras para músicas, mudar uma palavra de forma a continuar a rimar, também se pode cantar uma letra em outro ritmo. A exploração dos recursos sonoros e rítmicos de uma letra de música ou de um poema, como rimas e aliterações, deve ser sempre de forma lúdica. Nas brincadeiras as crianças vão percebendo as relações sonoras e os significados. Depois de brincar, de forma mais solta fora das carteiras, pode-se brincar com o texto escrito do poema ou da letra da canção. Na leitura, as crianças podem observar as relações entre som e grafia- as palavras que riram , por exemplo, têm o mesmo som final e a mesma grafia final das palavras. Além das brincadeiras, cabem recitais de poesia, leituras de poemas em voz alta para os colegas, festivais da canção como no episódio da série, entre outras formas de apresentação em público. Assim, as crianças além de entrar em contato com uma importante expressão artística, desenvolvem a oralidade, dilatam vocabulário, estabelecem relações letra-som, se divertem e são desafiadas a se apresentar em público.
A ampliação dessas referências reverbera na formação cultural dos sujeitos em processo de alfabetização, dando voz e vez a todos. Criar situações em que as crianças possam cantar ou recitar poemas faz com que todos possam se colocar, se expressar, se comunicar, ainda que alguns sejam mais calados ou tímidos. Dar oportunidade de se apresentar em público é um importante trabalho de estímulo à autoestima das crianças, além de propiciar um espaço de coletividade e coesão do grupo.
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05 - Manual de Instrução - ... a leitura do manual implica na articulação entre o texto verbal escrito e o visual. Ou - A correspondência entre o desenho e o objeto representado é fundamental para a compreensão da instrução e seguir a sequência indicada para o uso ou montagem.
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:

Os manuais de instrução podem ser de vários tipos, extensão e complexidade. Podem vir impressos num folheto, num pequeno livro e também em forma de vídeo. Vão variar conforme a complexidade do material a ser usado ou montado. São gêneros cuja finalidade é dar instruções de uso ou de montagens de um determinado objeto, aparelho, brinquedo. Cumprem uma importante função social, indicando o passo a passo de um processo de uso, montagem ou instalação. Observe que a maioria dos manuais usam palavras, números e também desenhos e recursos gráficos para dar a explicação. Portanto, a leitura do manual implica na articulação entre o texto verbal escrito e o visual. A correspondência entre o desenho e o objeto representado é fundamental para a compreensão da instrução e seguir a sequência indicada para o uso ou montagem.
Muitas são as situações em que você pode usar um manual de instruções com a turma e/ou organizar um. Mas em primeiro lugar, as crianças precisam conhecer um manual, fazer uso real dele, para observar sua função e sua estrutura composicional. Conhecer, ler para seguir instruções. Muitos brinquedos de armar vêm com manual ensinado como fazer para montar determinado objeto; livros de ensinar a fazer dobraduras estão também inseridos neste gênero discursivo.
Usar esse tipo de texto numa turma em processo de alfabetização, além de estimular a leitura e escrita, faz com que as crianças percebam a importância da sequência na execução de uma tarefa, pois na leitura de um manual o “passo a passo” é fundamental para o sucesso do uso, montagem ou instalação.
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06 - Mapas - Brincar com mapas reais e imaginários (mapa do tesouro) pode ser uma atividade lúdica e, ao mesmo tempo, uma atividade que amplia as noções espaciais...
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PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS:
Mapas são formas de representações do espaço. Eles são de muitos tipos e de complexidade variada. Os mapas exercem diferentes funções na vida social. Fazemos mapas para explicar um caminho para alguém, consultamos mapas para saber a localização de um lugar, para nos entender num determinado espaço, para chegar a algum lugar que está sendo visitado, entre outros. Parques, museus, eventos realizados em grandes espaços, cidades têm mapas para os visitantes se localizarem. Estes tipos de mapas apresentam legenda, desenhos, setas indicativas. São mapas mais esquemáticos, sem uma preocupação maior com a escala, que destacam alguns pontos de referência. Sempre que tiver oportunidade de fazer um passeio com a turma, solicite o mapa do local e vai se localizando junto deles no mapa, consultando os lugares que desejam conhecer. Há lugares que apresentam um mapa na entrada, que também pode ser explorado durante o passeio.
Há também os mapas geopolíticos de cidades, países, continentes, planisfério. Estes apresentam convenções para indicar o relevo, lagos, rios, mares, fronteiras, cidades. Estes apresentam escalas, convenções e legendas que podem ser exploradas. Um recurso bastante interessante hoje, além dos atlas geográficos, mapas escolares e globo, são os programas que captam imagens via satélite e que permitem fazer aproximações e afastamentos do espaço pesquisado, usando o zoom. O Google Earth, o GPS são alguns destes programas.
Há inúmeros jogos eletrônicos que apresentam percursos a serem seguidos por personagens e corridas em circuitos diversos. Algumas crianças que têm acesso a eles têm muitas oportunidade de fazer uso de mapas, de visualizar espaços representados, de se localizar nestes espaços virtuais.
Trabalhar com mapas nas turmas dos anos iniciais, em processo de alfabetização, além de ampliar a noção de espaço das crianças, pode estimular o desenvolvimento da leitura e da escrita, devido à diversidade de informações que cada tipo de mapa apresenta. Nos mapas encontramos ícones e legendas que informam caminhos, delimitam territórios, indicam lugares, relevo, vegetação.
Brincar com mapas reais e imaginários (mapa do tesouro) pode ser uma atividade lúdica e, ao mesmo tempo, uma atividade que amplia as noções espaciais, informações e conceitos geográficos.
As crianças podem ser desafiadas a ler mapas e também a produzir mapas. Estes dois movimentos têm como pressuposto uma finalidade, portanto são proposta situadas em contextos enunciativos, situações onde a leitura ou a confecção do mapa faça sentido, como acontece neste episódio da Série Chico na Ilha dos Jurubebas.
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Retirado do Site da TV Escola

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