Caça ao tesouro
A construção do conceito de ângulo é um processo lento. Por isso, é preciso propor aos estudantes vários tipos de atividade em diferentes momentos da escolaridade. A caça ao tesouro é um bom mote, já que pode ser aplicada da pré-escola à 4ª série. O grau de dificuldade aumenta progressivamente, mas a proposta é a mesma para todos: aprender na prática como é o ângulo que se forma com o movimento. Assim, o aluno compreende o ângulo que está nos livros. No início da brincadeira, conte ou leia alguma história sobre caça ao tesouro para que a turma entre no clima.
As pistas
Determine um trajeto a ser percorrido em sala de aula ou no pátio. Escreva num papel indicações como "a partir da mesa do professor", "faça um quarto de volta à direita", "dê dois passos para a frente", "vire à direita e ande três passos". Desse modo, o estudante chega a uma pista papel com novas instruções que será seguida pelo colega. Você estipula a quantidade de pistas que a atividade vai conter e qual será o tesouro.
Determine um trajeto a ser percorrido em sala de aula ou no pátio. Escreva num papel indicações como "a partir da mesa do professor", "faça um quarto de volta à direita", "dê dois passos para a frente", "vire à direita e ande três passos". Desse modo, o estudante chega a uma pista papel com novas instruções que será seguida pelo colega. Você estipula a quantidade de pistas que a atividade vai conter e qual será o tesouro.
Para crianças de até 6 anos, expressões do tipo "um quarto de volta" ainda não fazem sentido. Como elas não têm fluência na leitura, as instruções da caça ao tesouro devem ser orais e numa linguagem bem acessível. Exemplos: "fique de costas para a lousa" e "vire à direita".
Cada grupo recebe uma folha de papel Kraft com o desenho do mapa de uma cidade. O tamanho das ruas deve ser grande o suficiente para que um bonequinho movimentado pela garotada passeie por elas em busca do tesouro. Nessa versão, as instruções de trajeto devem usar as referências apresentadas no mapa.
Os alunos desenham um círculo e o cortam ao meio. A meia-lua vai ser dobrada ao meio, formando um ângulo de 90°, e novamente ao meio, formando "fatias" de 45°. Em seguida, dividem a mesma meia-lua em três partes. Cada "fatia" de 60o é dobrada ao meio (30°) e mais uma vez ao meio (15°). As dobras são pintadas e os graus escritos nas divisões.
Quando a meninada encontrar o tesouro, você também terá ganho um prêmio: uma turma craque em ângulos e com uma boa noção de direção. "O ângulo é um conceito central na geometria e está presente na leitura de mapas, na navegação, na astronomia e na engenharia", explica Imenes. Ele lembra, porém, que o tema deve ser trabalhado ao longo de todo o Ensino Fundamental e o Médio. Caso contrário, o professor estará abandonando as pistas pelo caminho e desistindo do tesouro.
Retirado da Revista Nova Escola
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