segunda-feira, 2 de maio de 2016

Caça ao tesouro ajuda a ensinar ângulos

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Caça ao tesouro 

A construção do conceito de ângulo é um processo lento. Por isso, é preciso propor aos estudantes vários tipos de atividade em diferentes momentos da escolaridade. A caça ao tesouro é um bom mote, já que pode ser aplicada da pré-escola à 4ª série. O grau de dificuldade aumenta progressivamente, mas a proposta é a mesma para todos: aprender na prática como é o ângulo que se forma com o movimento. Assim, o aluno compreende o ângulo que está nos livros. No início da brincadeira, conte ou leia alguma história sobre caça ao tesouro para que a turma entre no clima. 
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As pistas 
Determine um trajeto a ser percorrido em sala de aula ou no pátio. Escreva num papel indicações como "a partir da mesa do professor", "faça um quarto de volta à direita", "dê dois passos para a frente", "vire à direita e ande três passos". Desse modo, o estudante chega a uma pista — papel com novas instruções — que será seguida pelo colega. Você estipula a quantidade de pistas que a atividade vai conter e qual será o tesouro. 
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Pré-escola 
Para crianças de até 6 anos, expressões do tipo "um quarto de volta" ainda não fazem sentido. Como elas não têm fluência na leitura, as instruções da caça ao tesouro devem ser orais e numa linguagem bem acessível. Exemplos: "fique de costas para a lousa" e "vire à direita". 
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1ª série 
Cada grupo recebe uma folha de papel Kraft com o desenho do mapa de uma cidade. O tamanho das ruas deve ser grande o suficiente para que um bonequinho movimentado pela garotada passeie por elas em busca do tesouro. Nessa versão, as instruções de trajeto devem usar as referências apresentadas no mapa. 
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2ª série Enquanto uma criança segue as ordens escritas, as demais a observam e registram seus movimentos em um papel quadriculado - cada quadradinho corresponde a um passo. A linguagem escrita é, assim, transformada em imagem. O vocabulário pode ser mais complexo à medida que o estudo de frações tiver início. Exemplos: "partindo da mesa da professora, ande dois passos para a frente"; "vire um quarto de volta à direita e ande um passo"; "vire um quarto de volta à esquerda e ande dois passos". 
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3ª série Se a classe passou pelo aprendizado do ângulo formado pelo movimento, já entende o que significa a abertura ou o grau. Assim, as pistas que levam ao tesouro podem ser: "vire 90° à esquerda", em vez de "faça um quarto de volta à esquerda". 
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4ª série Aqui, as instruções da caça ao tesouro são apresentadas em um mapa desenhado. Para interpretá-lo, as crianças devem cumprir uma tarefa: construir um transferidor de papel (abaixo). O material será usado para medir os ângulos no mapa e depois demarcá-los no chão usando giz. Dessa forma, os estudantes se guiam até as pistas ou o tesouro. 
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Transferidor de papel

Os alunos desenham um círculo e o cortam ao meio. A meia-lua vai ser dobrada ao meio, formando um ângulo de 90°, e novamente ao meio, formando "fatias" de 45°. Em seguida, dividem a mesma meia-lua em três partes. Cada "fatia" de 60o é dobrada ao meio (30°) e mais uma vez ao meio (15°). As dobras são pintadas e os graus escritos nas divisões. 
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O grande prêmio
Quando a meninada encontrar o tesouro, você também terá ganho um prêmio: uma turma craque em ângulos e com uma boa noção de direção. "O ângulo é um conceito central na geometria e está presente na leitura de mapas, na navegação, na astronomia e na engenharia", explica Imenes. Ele lembra, porém, que o tema deve ser trabalhado ao longo de todo o Ensino Fundamental e o Médio. Caso contrário, o professor estará abandonando as pistas pelo caminho e desistindo do tesouro.

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Retirado da Revista Nova Escola

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