sexta-feira, 15 de março de 2013

Método Alfabético

Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. 

A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias. 


Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra.


Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. 

O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.

As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.


O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.



A velha cartilha Caminho Suave

Cartilha Caminho Suave

Uma das primeiras capas da cartilha


A grande maioria dos brasileiros alfabetizados até os anos de 1970 e início dos 80 teve na cartilha Caminho Suave o seu primeiro passo para o aprendizado das letras.

Com mais de 40 milhões de exemplares vendidos desde a sua criação, a cartilha idealizada pela educadora Branca Alves de Lima, que morreu em 2001, aos 90 anos, teve um grande sucesso devido à simplicidade de sua técnica. 

Na tentativa de facilitar a memorização das letras, vogais e consoantes, e depois das sílabas para aprender a formar as palavras, a então professora Branca, no final da década de 40, criou uma série de desenhos que continham a inicial das palavras: o “A” no corpo da abelha, o “F” no cabo da faca, o “G”, no corpo do gato.

Por causa da facilidade no aprendizado por meio desta técnica, rapidamente a cartilha tornou-se o principal aliado na alfabetização brasileira até o início dos anos 80, quando o construtivismo começou a tomar forma. Em 1995, o Ministério da Educação retirou a cartilha do seu catálogo de livros. Apesar disto, estima-se que ainda são vendidas 10 mil cartilhas por ano no Brasil.

Retirado do Blogger 
                            

3 comentários:

  1. Que saudades eu amava essa cartilha, tenho 48 anos e sou professora de 1 ano na PMSP há 25 anos e sinto falta desse tipo de material.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom dia Rose Pedro, obrigado pelo comentário e pela visita. Bejinhos!!.

      Excluir
  2. que saudades dessa cartilha, há mais ou menos uns 20 anos atras estava passando no centro de minha cidade e dentro de uma caçamba em frente a uma casa em demolição havia uma jogada, me deu tanta vontade de pegá-la do lixo, mas a vergonha me impediu de fazê-lo, tinha duas filhas crianças naquela época (hoje por sinal são duas professoras) e eu queria pega-la para mostrar para elas quando crescessem, nunca mais vi um exemplar da apostila e me arrependo de não tê-lo pego. legal essa explicação a respeito, me remeteu a minha infância querida , muito obrigada.

    ResponderExcluir